Jesus Ensina a Orar (Mt. 6:9-15)
I – O MODELO DE ORAÇÃO
A. É um grande presente aprender a orar com Aquele que tinha a maior vida de oração e o maior ministério de ensino de toda história. Mateus 6:9-13 é uma das passagens bíblicas mais familiares, mas poucos buscaram seus tesouros mais profundos. Sua familiaridade excessiva resultou em muitos se contentarem com uma visão superficial de seu conteúdo glorioso.
B. Jesus nos deu um modelo de oração baseado na personalidade de Deus e na natureza do reino. Esta oração cobre todas os fundamentos que são expandidos por toda Escritura. Jesus nos disse as coisas que deveríamos conhecer e manter como centro na nossa jornada de crescer em oração.
C. Jesus indicou 6 pedidos para orarmos regularmente. Os três primeiros focam na glória de Deus (Seu nome, reino e vontade). Os outros três focam nas necessidades do homem (física, relacionamentos e espiritual).
II – PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU (Mt. 6:9)
A. O ensinamento de Jesus sobre a oração começa com uma forte ênfase em quem Deus é – Ele é nosso Pai que está no céu. O fundamento de um vida forte de oração é a visão correta de que Deus é nosso Pai celeste. Um visão errada de quem Deus é, tem sido o maior problema na Igreja a cada geração. Ao orarmos, nós devemos gastar tempo declarando quem Ele é de acordo com Sua Palavra.
B. No tempo de Jesus, os Judeus viam Deus como o Criador e Rei. Eles tremiam diante do Seu grande poder. Jesus ensinou que o Criador deles era o Pai deles.
C. No céu indica a transcendência de Deus. Jesus uniu duas ideias sobre Deus – Ele é poderoso e pessoal. Ele combinou o amor fraternal de Deus com Seu poder celestial, Sua transcendência com Sua afeição e Seu ser exaltado tão alto com Sua humildade que inclina tão baixo.
D. Ele é o Pai que deseja um relacionamento profundo conosco, no qual Ele disciplina, provê, protege e nos direciona com carinho. Ele planeja nosso destino em Sua glória nos mínimos detalhes. Ele é um Pai na essência de Sua personalidade. Ele expressa a plenitude do maior ideal de fraternidade.
E. Nosso Pai no céu é tão gentil, mas assustador em Sua majestade. Nós somos atraídos para perto pelo Seu coração meigo com grande confiança, amor adorador, total humildade e completa obediência.
F. Nosso: Ele não é somente meu Pai, mas nosso Pai. Nossos pedidos de oração são temperados pela realidade de quem somos para Deus como um família. Nós oramos por toda família de crentes e não apenas por nós.
G. Apocalipse 4 é uma maiores passagens sobre a glória e beleza do Pai. Existem 4 categorias e cada uma com 3 temas. Estes 12 detalhes possuem várias implicações.
1. A beleza da pessoa de Deus: como Deus parece, sente e age (4:3).
2. A beleza do povo de Deus: a Igreja entronizada, vestida e coroada (4:4).
3. A beleza do poder de Deus: manifesto em relâmpagos, trovões e vozes (4:5a).
4. A beleza da presença de Deus: Seu fogo, serafins e o mar (4:5b-7; 15:2).
H. Jesus coloca o contexto de intimidade com Deus dentro de Sua soberania e majestade. Alguns vêem apenas Sua glória celestial, mas não percebem Sua natureza como um Pai cheio de amor. Eles mudam a personalidade de Deus, apresentando-O majestoso, mas distante, com um coração frio e severo. Nós veremos muito mais da realidade de Sua paternidade ao vermos relances de Sua transcendência. Outros vêem apenas o Pai carinhoso, sem ver Sua glória celestial. Eles vêem um Pai gentil e pessoal, mas não tremem diante de Sua transcendência.
III – ORANDO PELA GLÓRIA DE DEUS: TRÊS PEDIDOS (Mt. 6:9-10)
A- Pedido #1 – Orando para que o nome de Deus seja santificado: O nome de Deus refere-se à Sua pessoa, caráter e autoridade. Seu nome é santificado quando isto corresponde ao quanto Ele é digno. Cada pensamento de Seu nome provoca espanto e temor santo em qualquer um que tem um pouco de entendimento. Este é um pedido para que a majestade do nome de Deus seja revelada para nós e, então, através de nós.
1. Nós oramos “Senhor, trabalhe em mim e nos outros, para que possamos ver e responder à sua grandiosidade.” Nós pedimos para Deus liberar Seu poder para que mais pessoas vejam a verdade sobre Ele e recusem a tomar Seu nome em vão em brincadeiras ou expressões de raiva.
2. Esta é um oração que o Pai recebe do lugar mais alto em nossa vida, coração e adoração. Nós reverenciamos o nome de Deus ao pedirmos por nada que não seja Seu nome glorioso e vontade.
B. Pedido #2 – Orar para a vinda do reino: Nós pedimos para o aumento do Seu reino na terra. O reino é o lugar onde Sua Palavra é obedecida, Sua vontade é feita e Seu poder é expresso. Por exemplo, é manifesto quando os doentes são curados e os demônios expulsos (Mt. 12:28).
1. O reino é manifesto em parte nesta era e na plenitude quando Jesus retornar para a terra. O reino “já é, mas não ainda” – já está aqui, mas não na plenitude ainda aqui (Mt. 3:1- 2; 4:17, 23; 6:10, 33; 10:7; 12:28; 13:11; 16:18-19; 19:12; Mc. 4:11, 26; 9:1; Lc. 16:16; 17:20-21; 18:16, 29-30; At. 14:22; 19:8; 20:25; 28:23, 30-31; Rom. 14:17; 1 Cor. 4:20).
2. Nós precisamos orar para o aumento do reino. O erro da igreja de Efésios foi fazer o trabalho do reino sem orar ou conectar com Jesus (Ap. 2:4). O Senhor dá mais se pedirmos por mais – durante o processo de falar com Deus e levar a Ele esses pedidos, nós desenvolvemos nosso relacionamento com Ele, e é isso que Ele deseja.
3. Este pedido inclui ter a mente do reino em nossas vidas e atitudes com os outros. Nós precisamos trabalhar junto com outros crentes, ao invés de ter uma atitude territorial e focar somente na nossa esfera de influência e autoridade.
C. Pedido #3 – Orar para que a vontade de Deus seja feita: O terceiro pedido inclui nossa obediência à luz dos propósitos do reino de Deus. Sua vontade consiste nos Seus mandamentos e nossos compromissos ministeriais. Alguns estão comprometidos em mudar as nações, mas não estão comprometidos em pureza pessoal. Eles estão mais cativados com seu ministério como “agente transformador” do que com Jesus e em obedecê-lO.
IV – ORANDO POR NOSSAS NECESSIDADES PESSOAIS: TRÊS PEDIDOS (Mt. 6:11-13)
A. Os próximos 3 pedidos são por nossas necessidades – físicas (pão diário), relacionamentos (perdão) e espiritual (livramento do mal). Jesus ordenou a levar nossos pedidos pessoais para Deus em oração. Essas orações expressam nossa dependência de Deus em cada área de nossa vida.
B. Pedido #4 – Orar por nossa provisão diária: Este pedido é por nosso provisão diária, proteção e direção. Nós não oramos para informar a Deus de nossas necessidades, mas para fortalecer nosso relacionamento com Ele. Pedir a Deus por nossas necessidades não nos livra da responsabilidade de trabalhar. Ele vai de encontro às nossas necessidades nos dando habilidade e oportunidade de ganharmos nosso sustento.
C. Pedido #5 – Orar por perdão: Este pedido ajuda nosso relacionamento com Deus e as pessoas. Esta é uma oração para restaurar a comunhão com Deus e também renovar nosso relacionamento com os outros.
D. Nós somos justificados pela fé, dessa forma, orar para que nossas dívidas sejam perdoadas fala da restauração de nossa amizade com Deus (1 Jo. 1:9), não para sermos livres do inferno. É para purificar nosso coração e pensamentos.
E. A prova de que fomos livremente perdoados é que alegremente perdoamos os outros. O homem que sabe que foi perdoado, é compelido a perdoar os outros.
F. Pedido #6 – Orar por livramento do mal: Este pedido é para que o Pai nos livre da tentação. Deus nunca tenta ninguém com mal (Tg. 1:13).
G. Jesus estava dizendo para orarmos para Deus nos ajudar a evitar e escapar das tentações. Existem momentos quando tentações demoníacas nos atingem como uma tempestade (Lc. 4:13).
H. Orações antes da tentação ajudam a remover ou reduzir a tempestade de tentação. Orar antes expressa humildade e reconhecimento de nossa fraqueza, colocando nossa dependência em Deus.
I. Davi orou por livramento de situações pecaminosas antes que acontecessem (Sl. 19:12-13).
J. Devemos tomar cuidado para manter nosso relacionamento forte com Jesus através de uma vida consistente de oração (1 Cor. 10:12-13).
. Jesus nos adverte a “orarmos sempre” para nos prepararmos para as ciladas de tentações no fim dos tempos (Lc. 21:34-36).
Nenhum comentário:
Postar um comentário