Até Pouco mais três décadas atrás, o principal papel do homem era ser provedor da família. Mas, não era só o papel de provedor que definia a masculinidade, mas também a insensibilidade. Desde a década de 1930 até por volta do final da década de 1960, o cinema americano ditava a idéia do que seria um homem de verdade: Alguém que sabia escarrar e cuspir, rogar pragas, mascar, viver de bar em bar, se meter em confusão e brigas, possuía mais de uma mulher, autoritário e insensível.
Na geração passada, o papel principal do homem era de provedor da família. E o da mulher, dona de casa e educadora dos filhos. Mas o panorama social mudou drasticamente nos últimos vinte anos. Hoje, a idéia que se tem de um verdadeiro homem é a de alguém que dá maios reconhecimento as pessoas, expressa seus sentimentos, participa com a esposa das tarefas domésticas e do cuidado e educação dos filhos. Alguém que se investe mais na família e no lar e também mais tempo e esforço em ser marido e pai. Claro, isso ainda não se aplica a todos os homens, mas é para lá que a nova geração está se dirigindo, e bem rápido. Está se tornando cada vez mais comum vermos homens trocando fraldas dos bebês, os segurando no colo ou preparando e dando mamadeira. Também, hoje é muito comum os homens participarem com suas esposas de programas preparatórios pré-natais e entrarem na sala de parto com suas esposas.
Outro ponto relevante é que a mídia, especialmente a televisiva nos reality shows (programas do tipo Big Brother Brasil) e nas novelas para adultos e adolescentes, exalta e glorifica um tipo de homem que existe há milênios, mas que agora tem sua consagração impulsionada e aplaudida por grande parte da sociedade devido à degradação dos valores morais da cultura cristã ocidental: o homem efeminado. Além disso, parece evidente que existe um movimento internacional pela masculinização da mulher e efeminação do homem. E para onde estamos caminhando: para uma sociedade e uma cultura unissex na qual a homossexualidade não sofra nenhuma desaprovação social? As tendências apontam claramente para um enorme “sim”.
Para complicar a nossa indagação do que é que define a masculinidade nesta sociedade pós-moderna, o triunfo significativo do movimento feminista tirou a mulher do seu papel exclusivo de dona-de-casa, esposa e mão e a projeta, com sucesso, no mercado de trabalho, na política e no esporte, entre outras atividades. Agora, ela também tem voz, poder e dinheiro.
Na opinião do Dr. Gary Oliver, respeitado psicológico e terapeuta cristão, nesse novo contexto social, os homens já não têm mais certeza do que é ser um homem de verdade nem do que é que define a masculinidade. Também, já não sabem como se relacionar como essa nova mulher, especialmente na relação de casamento e no lar. È um aprendizado completamente novo e desafiador.
Como se não bastasse, a exposição excessiva da nudez feminina na televisão e nas publicações pornográficas aliada à apologia do homossexualismo pelos meios de comunicação parece estar reduzindo, de maneira crescente, o interesse do homem por relações sexuais com o sexo oposto e estimulando esse interesse com pessoas do mesmo sexo.
Pegue todos esses fatores juntos, bata-as no liquidificador e você terá uma mistura indigesta para muitos de nós homem especialmente se está na faixa etária acima dos quarenta anos.
Em meio a tantas mudanças e indefinições, Jesus Cristo é o modelo de homem no qual estão presentes e bem firmes tanto a masculinidade, o caráter, a gentileza e a sensibilidade de um homem de verdade. Ele é o modelo para nós, homens cristãos. Mas para conhecê-lo melhor, nos espelhamos nele e seguir seus passo precisamos estudar a vida e os ensinamentos dele, seja por palavras ou pelo exemplo. E precisamos disso agora mais do que nunca.
¹Homens de Verdade Também Têm Sentimentos, autor Dr. Gary Oliver, editora Sepal
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